O futebol, paixão nacional, é capaz de unir multidões, criar laços de amizade e proporcionar momentos de intensa alegria. No entanto, como em qualquer manifestação humana, também pode ser palco de comportamentos prejudiciais e preconceituosos. Um desses comportamentos problemáticos é o uso de cânticos pejorativos por parte das torcidas.
As torcidas do Vitória e do Bahia, os dois maiores clubes do futebol baiano, têm sido alvo de críticas devido ao uso de cânticos ofensivos que ignoram as diretrizes da FIFA e promovem a homofobia e a violência. Esses cânticos, que chamam a rivalidade a um nível perigoso e deplorável, não apenas mancham a reputação do esporte, mas também perpetuam estereótipos negativos e contribuem para um ambiente hostil nos estádios.
É importante reconhecer que os cânticos são uma parte intrínseca da cultura das torcidas de futebol, e quando utilizados de maneira positiva, podem criar uma atmosfera empolgante e motivadora para os jogadores e os espectadores. Portanto, em vez de propagar mensagens de ódio e violência, por que não direcionar a criatividade e a paixão das torcidas para cânticos que promovam o respeito e a união?
Um exemplo de como os cânticos podem ser transformados de forma construtiva eu trago aqui nesta crônica: “Deixa o cabelo dela, vai Pitbull Enraivado, au au au!” Este cântico, ao invés de insultar, celebra a paixão dos torcedores e demonstra apoio ao time de maneira criativa e bem-humorada. É uma abordagem que pode inspirar outros grupos de torcida a repensar suas práticas e promover um ambiente mais inclusivo nos estádios.
A mudança não acontece da noite para o dia, mas é importante que a sociedade e os próprios torcedores sejam agentes de transformação. A educação e o diálogo desempenham um papel crucial na conscientização sobre os impactos negativos dos cânticos pejorativos e na promoção de uma cultura esportiva mais respeitosa.
O futebol é um esporte apaixonante, e as torcidas desempenham um papel fundamental na sua riqueza cultural. Portanto, que essa paixão seja canalizada de maneira construtiva, para que todos possam desfrutar do espetáculo sem medo ou discriminação. É hora de deixar de lado os cânticos ofensivos e abraçar cânticos que celebrem a diversidade e a rivalidade saudável entre as equipes.
Em tempos, é lindo de se ver a celebração das Imbatíveis e sua interação com os jogadores no final de cada jogo. Que fique aqui registrado!
